BOAVISTA FC-0
1ºJornada Época 2021-2022
DD:José Carlos(Emma Hackmann 85') DD:Pedro Malheiro
DC:Lucas Souza DC:Jackson Porozo
DC:Rúben Fernandes(C) DC:Javi Garcia
DE:João Talocha DE:Yanis Hamache
MC:Pedrinho(Jean Irmer 86') MC:Gustavo Sauer
Golos:Fran Navarro 3',Samuel Lino 24' e Fran Navarro 56'.
Contra um Boavista ainda muito limitado, o Gil Vicente entrou nesta Liga Bwin com uma vitória clara e inequívoca. Fran Navarro foi a figura maior, com dois golos, mas houve mais destaques, numa equipa que teve a arte de nunca complicar e que teve arte coletiva para não passar por sustos.
Tudo
simples, tudo eficaz
Com tanta limitação, e mesmo que o dia fosse de alívio
(finalmente a FIFA levantou a proibição de o Boavista inscrever reforços), era
difícil pedir uma nova missão hercúlea, como as que a equipa tinha conseguido
na Allianz Cup. Para encarar o 4x3x3 de Ricardo Soares, João Pedro Sousa
respondeu com o mesmo plano de jogo e abandonou os três centrais, mas nem por
isso houve sucesso.
Em clara expectativa, dando a iniciativa de jogo ao
adversário, o Boavista não foi capaz de fazer face ao jogo interior dos gilistas,
que tiveram Fujimoto e Pedrinho em alta rotação e que, assim, criaram muitos
problemas ao adversário. Acima de tudo, parecia que havia uma mudança acima, o
que fazia toda a diferença: Reymão e Seba Pérez eram curtos para estancar os
criativos e, com processos simples, rapidamente surgiam espaços para explorar.
Claro que o golo de Fran Navarro (belo pontapé de fora da
área) a abrir muito contribuiu para que a diferença emocional se evidenciasse.
Depois disso, foi um Gil Vicente por cima e um Boavista a tentar aguentar. Sem
sucesso, que rapidamente o segundo golo apareceu, com naturalidade e a fazer
temer as panteras por algo muito desequilibrado. Sem grandes soluções, com
pouquíssimas alternativas, sobrou vontade e abnegação. Foi pouco, quase não deu
para incomodar Kritciuk a sério, mas sempre atenuou algum descontentamento que
pudesse vir da bancada atrás de Bracali. Eram muitos, ruidosos e não deixaram
de apoiar a equipa - vale o que vale, mas, num cenário de tamanha contrariedade,
vale muito. Mesmo com desnorte, nunca faltou entrega. Esse é o maior (quiçá
único) elogio que se pode fazer a este Boavista. No resto, pouco mudou para o
segundo tempo.
Lógica não
mudou
Samuel Lino e Navarro
entraram numa espécie de despique para ver quem conseguia marcar mais - ganhou
o primeiro, num lance em que novamente foi tudo feito de forma simples, sem que
Lino não tivesse também os seus momentos de destaque.
O tal golo de Navarro, o terceiro que o Gil Vicente marcou no jogo, aconteceu aos 56 minutos e fez com que, daí para a frente, não mais se ousasse discutir resultado. Nem justiça do mesmo, diga-se. Com cinco homens no banco, João Pedro Sousa até por aí estava limitado. Aliás, Ricardo Soares deu-se ao luxo de ir mexendo e gerindo mais cedo que o seu adversário, quando era o adversário quem mais urgência tinha por isso. O jogo foi perdendo qualidade, porque se ia perdendo o discernimento e o cansaço já era algum. Viram-se algumas caras novas no Gil Vicente e uma vontade sem fim no Boavista, que ainda tentou o golo por Sauer e Hamache.
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