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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Liga Bwin 6ºJornada: Segunda Derrota da Época


                                             SL BENFICA-3

BOAVISTA FC-1


Liga Bwin Época 2021-2022
20 de Setembro de 2021 - 19h
Estádio da Luz em Lisboa 
Árbitro:Hugo Miguel(A.F.Lisboa)


GR:Odysseas Vlachodimos GR:Rafael Bracalli(C)
DC:Lucas Veríssimo(Morato 88') DC:Nathan Santos
 DC:Jan Vertoghen DC:Jackson Porozo
DC:Nicolás Otamendi(C) DC:Rodrigo Abascal
EE::Alex Grimaldo EE:Yanis Hamache(Filipe Ferreira 25')
ED:Diogo Gonçalves(Valentino Lázaro INT) ED:Pedro Malheiro(Luís Santos 75')
MC:Julian Weigl MC:Sebástian Perez(Yusupha Nije 82')
MC:João Mário MC:Gaius Makouta
PL:Darwin Nunez(Rodrigo Pinho 80') PL:Gustavo Sauer
PL:Roman Yaremchuk(Everton 65') PL:Kenji Gorré(Paul Georges Ntep INT)
PL:Rafa Silva(Pizzi 88') PL:Petar Musa

Treinador:Jorge Jesus    Treinador:João Pedro Sousa

Cartões Amarelos:Nathan Santos 36',Jackson Porozo 69',Lucas Veríssimo 59' e Petar Musa 74'.

Golos:Darwin Nunez 14',Gustavo Sauer 32',Julian Weigl 34' e Darwin Nunez 61'.

Seis em seis. O trauma está ultrapassado. Depois de cinco vitórias consecutivas, o Benfica encontrou o Boavista, que na época passada tinha travado a equipa de Jorge Jesus à sexta jornada, mas a jogar na Luz os encarnados não facilitaram. Darwin foi o homem do jogo com dois golos, sendo que Weigl, que facilitou para o golo de Sauer, redimiu-se logo a seguir com um golo numa altura importante para os encarnados. No final, já há quem peça o 38.

Eficácia e reação

Na época passada, depois de cinco vitórias consecutivas, o Benfica também encontrou o Boavista à sexta jornada e foi aí que interrompeu a sequência de vitórias na Liga. Por esse motivo, o jogo com o Boavista era olhado não com desconfiança, mas como uma barreira a ultrapassar. Com mais tempo para preparar a equipa depois do jogo da Liga dos Campeões, Jorge Jesus não apresentou grandes novidades no onze e apostou numa equipa mais rotinada e teoricamente mais forte frente a um Boavista desfalcado na defesa, novamente com Nathan a ocupar o eixo central. Os axadrezados procuraram manter o mesmo estilo de jogo que têm tido no Bessa, mas a força do adversário levou a que as dinâmicas fossem diferentes. Sem conseguir ter profundidade nos flancos, o Boavista manteve-se organizado, mas agressivo nos momentos de defender. Com linha subida e Porozo a sair na pressão, a equipa de João Pedro Sousa mostrava uma postura ambiciosa apesar das dificuldades que apareceram logo nos primeiros minutos, mas a dinâmica ofensiva da equipa de Jorge Jesus acabou por dar frutos. Num passe em profundidade à procura de Yaremchuk, o ucraniano colocou em Diogo Gonçalves, que entregou de bandeja a Darwin Núñez. O uruguaio, de cabeça e solto de marcação, não teve dificuldade para bater Bracalli, mostrando que a dupla com Yaremchuk, que no papel até nem o é, pode dar dividendos.

Como é habitual , o primeiro golo dos encarnados levou a equipa boavisteira a arriscar mais nos momentos com bola e percebia-se que era isso que faltava. Sauer tentava dar algo diferente a partir do corredor, mas mesmo com algum espaço para progredir faltou sempre alguma assertividade na procura dos melhores caminhos - a lesão de Hamache, aos 20 minutos da partida, retirou uma arma ao ataque axadrezado, que muitas vezes recorre ao argelino para canalizar jogo pela esquerda. No entanto, a pressão alta estava a fazer crescer a equipa de João Pedro Sousa e foi graças a ela que surgiu o golo do empate. Weigl recebeu demasiado à vontade e Seba Pérez aproveitou para roubar a bola junto à área encarnada. Asobra foi ter com o pé esquerdo de Sauer que, depois de um aviso às luvas de Vlachodimos minutos antes, atirou mesmo a contar para um golaço que deixou os adeptos encarnados em brasa, mas sobretudo Julian Weigl, que errou quando não o costuma fazer. O médio alemão acabou por nem ter tempo para levar nas orelhas, uma vez que marcou logo a seguir, num livre estudado com assistência de Otamendi e finalização de Weigl no poste contrário, onde Nathan, uma vez mais, ficou a ver jogar. A vantagem benfiquista ao intervalo era justificada mais pela eficácia do que pelas oportunidades criadas. Embora o domínio da partida fosse claro, o resultado não estava fechado, até porque o Boavista já tinha dado sinais de que era capaz de lutar contra a desvantagem na Luz.

A tranquilidade chegou cedo

Como tinha prometido na segunda parte, o Boavista foi atrás do resultado e regressou mais atrevido dos balneários, com a entrada de Ntep a criar outro tipo de problemas à defesa benfiquista, que passou por algum aperto no reatar da partida, altura em que a equipa de João Pedro Sousa entrou forte e rematadora, mas as águias pareceram sempre ter a situação controlada.

A equipa de Jorge Jesus começou a fazer um jogo mais pausado com bola, até para controlar possíveis contra-ataques, algo que o Boavista foi ensaiando no primeiro tempo, mas a tranquilidade só apareceu quando Darwin fez o 3x1. O uruguaio voltou a aparecer da esquerda para a zona de finalização, mas aí já com via aberta para bisar, uma vez que Lucas Veríssimo (fundamental na saída de jogo dos encarnados) e Rafa fizeram praticamente todo o trabalho. Mais abatida, a formação do Boavista continuou a lutar, mas sem a mesma crença de que seria possível somar algum ponto na Luz. A nível individual, os axadrezados somaram exibições positivas - Makouta, Seba Pérez e o próprio Porozo -, mas coletivamente faltou mais dinâmica nos corredores e possivelmente um maior risco nos últimos 20 minutos, onde efetivamente podia ter saído um dos centrais para dar alguma companhia a Musa na frente. Os últimos minutos foram bem menos interessantes, com as duas equipas a perderem muitas bolas e já concentradas nos próximos desafios. Sem ter um jogo avassalador e de domínio completo da partida, um Benfica competente, eficaz e capaz de reagir aos bons momentos do Boavista ultrapassou o trauma da Pantera à jornada seis, mas depois de alcançado acreditamos que esse registo já pareça pequeno. No final, nas bancadas já se pedia o «38» e o «Benfica campeão». Ainda é cedo, mas a vantagem de quatro pontos para os segundos classificados mantém-se.

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