SL BENFICA-3
BOAVISTA FC-1
Liga Bwin Época 2021-2022
MC:Julian Weigl MC:Sebástian Perez(Yusupha Nije 82')
PL:Roman Yaremchuk(Everton 65') PL:Kenji Gorré(Paul Georges Ntep INT)
Seis em
seis. O trauma está ultrapassado. Depois de cinco vitórias consecutivas, o
Benfica encontrou o Boavista, que na época passada tinha travado a equipa de
Jorge Jesus à sexta jornada, mas a jogar na Luz os encarnados não facilitaram.
Darwin foi o homem do jogo com dois golos, sendo que Weigl, que facilitou para
o golo de Sauer, redimiu-se logo a seguir com um golo numa altura importante para
os encarnados. No final, já há quem peça o 38.
Eficácia e
reação
Na época
passada, depois de cinco vitórias consecutivas, o Benfica também encontrou o
Boavista à sexta jornada e foi aí que interrompeu a sequência de vitórias na
Liga. Por esse motivo, o jogo com o Boavista era olhado não com desconfiança,
mas como uma barreira a ultrapassar. Com mais tempo para preparar a equipa
depois do jogo da Liga dos Campeões, Jorge Jesus não apresentou grandes
novidades no onze e apostou numa equipa mais rotinada e teoricamente mais forte
frente a um Boavista desfalcado na defesa, novamente com Nathan a ocupar o eixo
central. Os axadrezados procuraram manter o mesmo estilo de jogo que têm tido
no Bessa, mas a força do adversário levou a que as dinâmicas fossem diferentes.
Sem conseguir ter profundidade nos flancos, o Boavista manteve-se organizado,
mas agressivo nos momentos de defender. Com linha subida e Porozo a sair na
pressão, a equipa de João Pedro Sousa mostrava uma postura ambiciosa apesar das
dificuldades que apareceram logo nos primeiros minutos, mas a dinâmica ofensiva
da equipa de Jorge Jesus acabou por dar frutos. Num passe em profundidade à
procura de Yaremchuk, o ucraniano colocou em Diogo Gonçalves, que entregou de
bandeja a Darwin Núñez. O uruguaio, de cabeça e solto de marcação, não teve
dificuldade para bater Bracalli, mostrando que a dupla com Yaremchuk, que no
papel até nem o é, pode dar dividendos.
Como é
habitual , o primeiro golo dos encarnados levou a equipa boavisteira a arriscar
mais nos momentos com bola e percebia-se que era isso que faltava. Sauer
tentava dar algo diferente a partir do corredor, mas mesmo com algum espaço
para progredir faltou sempre alguma assertividade na procura dos melhores
caminhos - a lesão de Hamache, aos 20 minutos da partida, retirou uma arma ao ataque
axadrezado, que muitas vezes recorre ao argelino para canalizar jogo pela
esquerda. No entanto, a pressão alta estava a fazer crescer a equipa de João
Pedro Sousa e foi graças a ela que surgiu o golo do empate. Weigl recebeu
demasiado à vontade e Seba Pérez aproveitou para roubar a bola junto à área
encarnada. Asobra foi ter com o pé esquerdo de Sauer que, depois de um aviso às
luvas de Vlachodimos minutos antes, atirou mesmo a contar para um golaço que
deixou os adeptos encarnados em brasa, mas sobretudo Julian Weigl, que errou
quando não o costuma fazer. O médio alemão acabou por nem ter tempo para levar
nas orelhas, uma vez que marcou logo a seguir, num livre estudado com
assistência de Otamendi e finalização de Weigl no poste contrário, onde Nathan,
uma vez mais, ficou a ver jogar. A vantagem benfiquista ao intervalo era
justificada mais pela eficácia do que pelas oportunidades criadas. Embora o
domínio da partida fosse claro, o resultado não estava fechado, até porque o
Boavista já tinha dado sinais de que era capaz de lutar contra a desvantagem na
Luz.
A
tranquilidade chegou cedo
Como tinha
prometido na segunda parte, o Boavista foi atrás do resultado e regressou mais
atrevido dos balneários, com a entrada de Ntep a criar outro tipo de problemas
à defesa benfiquista, que passou por algum aperto no reatar da partida, altura
em que a equipa de João Pedro Sousa entrou forte e rematadora, mas as águias
pareceram sempre ter a situação controlada.
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