BOAVISTA FC-1
Liga Bwin 10ºJornada Época 2021-2022
MC:Matheus Uribe(Sérgio Oliveira 54') MC:Tomás Reymão(Sebástian Perez INT)
PL:Mehdi Taremi(Francisco Conceição 70') PL:Petar Musa(Tiago Morais 71')
Muito ficou
nos Açores
Na ressaca
da eliminação da Allianz Cup, Sérgio Conceição repetiu o último onze do
campeonato, em Tondela. Nada que tenha surpreendido, embora o mesmo não se
possa dizer em relação ao banco de suplentes, onde apareceu a surpresa Loader e
onde não estiveram Mbemba, Corona e Toni Martínez. Quererá dizer muito...
Mas não
foram só as cabeças a rolar. Claramente que a equipa sentiu uma necessidade de
redenção imediata, razão para o facto de a primeira meia hora se ter jogado no
meio-campo boavisteiro. O Boavista consentiu-o, nos momentos sem bola, mas foi
incapaz de o contrariar quando a tinha, muito por causa de uma belíssima
prestação de Vitinha e Uribe no meio, quer na recuperação de bola, quer na
rápida circulação que tornou mais difícil o sucesso do bloco baixo contrário. O
golo surgiu com toda a naturalidade, pelo elemento mais capaz. Luis Díaz, de
cabeça, deu vantagem de inquestionável justiça e que levantava duas questões:
se os dragões iam conseguir manter a toada e se as panteras iam ser capazes de
incomodar Diogo Costa, tal a inoperância quando a bola passava o meio-campo.
Um percalço
e meio
Ora, foi
precisamente na primeira vez (ou segunda, porque noutra Cannon conseguiu passar
por dois, foi desarmado e acabou... substituído, por lesão) em que a equipa de
João Pedro Sousa conseguiu uma saída limpa, com futebol apoiado (mesmo que com
um lançamento pelo meio), que o golo apareceu, num remate fortíssimo de fora da
área. Hamache equilibrou o marcador e desafiou tudo o que estava a acontecer
até então.
Um golo que
melhorou o jogo, acima de tudo. O FC Porto não afrouxou e manteve-se intocável
no seu papel dominador, mas obteve do outro lado muito mais capacidade de
resposta. Aliás, Musa desmarcou-se e podia ter virado o jogo, mas Diogo Costa
esteve muito bem, num momento importante para não inverter totalmente a balança
emocional do jogo. Do outro lado, antes do intervalo, os avançados
entenderam-se e Evanilson deu nova vantagem, que foi ampliada logo depois por
Taremi, só que invalidado depois, por fora de jogo. João Pedro Sousa terá
sentido alívio, porque perder pela margem mínima permitiria ir para os balneários
pensar numa estratégia legítima para discutir o jogo, só que o regresso ao jogo
trouxe mais do mesmo: Taremi encontrou Evanilson a desmarcar-se e este fez o
terceiro. Não que Sérgio Conceição sentisse o jogo em perigo, mas esse golo
serviria para uma gestão a pensar em Milão, gestão essa que... ficou
condicionada pela lesão de Uribe, pouco depois, a fazer soar os alarmes.
Tempo da
polémica e fecho de ouro
Os dragões
não pararam, o Boavista não deixou de tentar dar troco e o jogo não perdeu
interesse. Viram-se mais oportunidades para os azuis e brancos (na retina fica
um falhanço incrível de Evanilson) e penáltis por marcar para a equipa da casa,
numa atuação desorientada de Tiago Martins.
Aliás, assistiu-se a um momento insólito, na última das quedas do avançado, com Conceição a apressar uma substituição, em protesto para com o árbitro por considerar que este teria algo contra o avançado - uma opção que desagradou ao jogador, a quem o técnico deu um abraço no fim. Entre um ou outro lance duvidoso, um ou outro desentendimento entre jogadores, como manda a tradição dos dérbis, e apoio incondicional vindo das bancadas. Tudo condimentos habituais e que antecederam uma estreia, a jogar e a marcar: Loader pôde jogar pela primeira vez na equipa principal e abrilhantou o momento com um golo nos descontos, após arrancada do inesgotável Luis Díaz (parecia que tinha acabado de entrar)
Sem comentários:
Enviar um comentário