BOAVISTA FC-1
Liga Bwin 12ºJornada Época 2021-2022
MC:Pedro Moreira(Eugeni Valderrama 87') MC:Ilija Vukotic(Tomás Reymão 79')
PL:Oday Dabbagh PL:Petar Musa
Estados de
alma refletidos
É uma
evidência que este Boavista está «doente». As muitas ausências (por castigo,
lesão, falta de ritmo, etc...) ajudam a explicar parte de um problema que é bem
mais abrangente na equipa do Bessa. E os sintomas ficaram bem evidentes na
primeira parte do jogo em Arouca, onde João Pedro Sousa esperou e desesperou
junto à linha por uma reação à goleada sofrida há três semanas, diante do
Famalicão. E se aos seis minutos Alireza ainda se opôs ao remate de Bukia, não
tardou muito a sofrer as consequência de uma equipa à deriva. A cada arrancada
arouquense (fosse por Bukia, Oday Dabbagh ou Arsénio), a estrutura frágil da
pantera tremia perigosamente. O golo do avançado da Palestina - que substituiu
o castigado André Silva - aos 11 minutos teve tanto de simples como de
demonstrativo da apatia boavisteira. Leandro Silva colocou de «trivela» em
Arsénio na esquerda, este direcionou para Dabbagh que, solto de marcação, teve
tempo e espaço para colocar o cabeceamento fora do alcance de Alireza. As
dificuldades do Boavista foram sempre mais do que muitas, fosse na tentativa de
suster os ataques do Arouca ou na procura de jogo próprio. Gustavo Sauer ainda
foi quem tentou emprestar alguma qualidade, mas foi curto, demasiado curto,
para incomodar verdadeiramente Norbert Haymamba na baliza do Arouca. O
camaronês fez a estreia absoluta e deu-se ao «luxo» de evidenciar várias
insuficiências que, ainda assim, nunca foram devidamente aproveitadas pelo
emblema da cidade do Porto. Do outro lado, Alireza, com outra qualidade,
manteve o Boavista em jogo, quando aos 43 minutos respondeu em dose dupla a
duas tentativas de Arsénio. Mas era a facilidade com que a defesa axadrezada se
deixava ultrapassar que impressionava. Nathan Santos teve uma primeira parte
para esquecer - tantos passos falhados -, Porozo não esteve muito melhor e o
resto foi um «ver se te avias».
Intervalo
fez bem à pantera...
Como pior
era difícil, o Boavista regressou do intervalo com outra disposição e as
melhorias foram evidentes. Mais dinâmica, com «olho» para outras soluções de
ataque, a equipa do Bessa ameaçou logo nos primeiros minutos. Primeiro por
Yusupha, que por pouco não assinou um golo fantástico, depois por Musa, que de
primeira fez balançar a malha lateral da baliza de Norbert. Os avisos estavam
dados. O sinal de vida boavisteiro acabou recompensado com o golo do empate,
aos 54 minutos. Hamache cruzou da esquerda e Musa, mais alto do que o adversário,
cabeceou sem dar hipóteses ao guarda-redes do Arouca. Em pouco mais de nove
minutos, o Boavista produziu mais do que nos primeiros 45 e crescia a
expetativa em torno de uma possível recuperação.
Até que...
No entanto, e porque o Arouca também não voltou a ser capaz de incomodar verdadeiramente Alireza, o jogo caiu para níveis entre o mau e o paupérrimo, sem nada a oferecer para além da entrega natural dos jogadores. E foi já na aceitação desse facto que surgiu o segundo golo do FC Arouca, quando o relógio batia o minuto 90. Antony Alves, que se estreou em absoluto pelos arouquenses, encontrou o caminho da baliza na sequência de um lance confuso na área do Boavista.
Sem comentários:
Enviar um comentário