BOAVISTA FC-0
Liga Bwin 14ºJornada Época 2021-2022
MC:Manuel Ugarte(Daniel Bragança 67') MC:Ilija Vukotic(Paul Georges Ntep 63')
PL:Pablo Saravia PL:Yusupha Nije
O confronto frente ao Ajax, a contar Liga dos Campeões,
interrompeu uma série de 12 vitórias consecutivas do Sporting, mas, no regresso
ao habitat natural, o leão ganhou a luta com a pantera e voltou aos triunfos,
assumindo a liderança da Liga bwin, ainda que à condição. Sem Paulinho, mas já
com Coates e com o jovem Nazinho em estreia no onze, os homens de Amorim
demoraram a encontrar a brecha na muralha axadrezada, mas foi apenas uma
questão de tempo.
Crescendo foi insuficiente
Rúben Amorim avisou na conferência de imprensa sobre as
dificuldades que as equipas de Petit costumam causar ao Sporting e o primeiro
quarto de hora deu-lhe razão. O Sporting, como seria de esperar, tinha mais
bola, mas o Boavista surgiu com a lição bem estudada, muito coeso
defensivamente e com instruções claras para explorar as costas da defensiva
leonina, bem como as bolas paradas. Foi assim que nasceram dois lances de muito
perigo para os axadrezados, mas Adán evitou o golo a Gorré e Yusupha falhou por
pouco no desvio a um livre lateral.
A postura inicial do Boavista, no entanto, esbateu-se com o
passar do relógio, até porque os leões já estavam mais do que avisados, ficando
apenas a coesão defensiva. O Sporting, que nos primeiros minutos assustou de
bola parada, raramente conseguia explorar a profundidade como tanto gosta e os
alas não apareciam no momento ofensivo. Ainda assim, as tentativas iam
surgindo, mas tímidas, com Alireza a revelar-se à altura do desafio. O
guardião, de resto, foi um dos protagonistas, tanto pelas defesas e pela forma
como controlou a profundidade, como pela demora constante, que também impedia
aos leões aumentarem o ritmo como desejavam. As brechas na muralha axadrezada
foram-se abrindo, e os leões começaram a crescer, mas ia faltando outro
discernimento no momento do último passe ou da finalização, notando-se também a
falta de uma referência ofensiva com a ausência de Paulinho. O problema parecia
ter ficado resolvido em cima do intervalo, com Porro a atirar cruzado para o
fundo das redes depois de um cruzamento atrasado de Matheus Nunes, mas o lance
acabou anulado por posição irregular do internacional português e o nulo
manteve-se para a segunda parte.
Deram espaço ao leão…
Ao intervalo, tanto Petit como Amorim mexeram, mas não foi
pelas substituições que o jogo ficou diferente. Seja como for, a verdade é que
ficou. Os leões entraram bem, começaram a ter mais espaço para explorar e
aproveitaram-no da melhor forma. Pedro Gonçalves conseguiu explorar a
profundidade com um grande passe para Nuno Santos, o extremo cruzou e Pablo
Sarabia fez o resto, inaugurando o marcador. O golo abriu ainda mais espaço e o
segundo não tardou, novamente com Pedro Gonçalves a iniciar a jogada com um
grande passe, mas desta vez foi Sarabia a assistir Nuno Santos para o golo.
Em vantagem no marcador, o Sporting fez o que tão bem sabe fazer: geriu a vantagem. Por entre substituições dos dois lados, os leões baixaram o ritmo, deram alguma bola a um Boavista que bem tentava, mas que não conseguia incomodar, até porque raramente tinha espaço para tal. Ainda assim, a equipa que ficou mais perto de marcar voltou a ser a de Alvalade, numa saída rápida que só não acabou no 3x0 porque Pedro Gonçalves fez o mais difícil e atirou para fora na cara do golo. A bola não entrou e o jogo até animou, mas novamente por culpa dos homens de verde e branco. O Sporting não voltou a marcar, mas foi a equipa mais perigosa até ao apito final - Bruno Tabata e Daniel Bragança entraram bem -, perante uma equipa axadrezada conformada com o desfecho da partida. No fim das contas, os leões festejaram mesmo o regresso às vitórias e assumiram a liderança da Liga bwin à condição. Nesse jogo de xadrez, falta agora a jogada do FC Porto.
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