BOAVISTA FC-1
Liga Bwin 16ºJornada Época 2021-2022
Treinador:Pepa Treinador:Petit
Cartões Amarelos:Nicolas Janvier 18',Rodrigo Abascal 45'+2,Reggie Cannon 49',Óscar Estupinán 54',Tiago Silva 72',André André 75',Abdul Mumin 88' e Rochinha 95'.
Golos:Óscar Estupinán 80' e Tiago Llori 85'.
Com um golo
de Ilori pouco depois de Estupiñán ter feito o da vantagem vitoriana, que tanto
estava a ser cozinhada, o Boavista levou um ponto de Guimarães e até podia ter
virado no fim: Bruno Varela, que já tinha brilhado na primeira parte, tirou o
triunfo a Sauer, num jogo em que os vimaranenses estiveram globalmente por cima
e, pese embora as ausências de Edwards, Sacko e Quaresma, criaram mais
oportunidades, frente a uma formação fria e cerebral.
Sem farol,
acenderam-se lanternas
Marcus
Edwards, com Covid-19, foi a grande baixa para este jogo e, pela excelente forma
que tem apresentado, necessariamente obrigou a que a equipa de Pepa encontrasse
outras soluções para a criação. Foi um Vitória a querer mandar o que se
apresentou em casa contra o Boavista, num dos clássicos do futebol português, o
que também teve o consentimento dos axadrezados. Petit entrou bem, com ótimos
resultados, e a equipa já sabe estar baixa sem estar nervosa. É a maior nota
neste Boavista, com um posicionamento rígido e acertado, e com as três linhas
(defesa, meio-campo, ataque) muito juntas no momento sem bola. Foram mais os
momentos sem a ter, embora, reforçamos, sem qualquer problema da parte
axadrezada, que convidava o adversário aos remates de meia-distância - não foi
só desse modo, claro, até por Lameiras e Rochinha apresentaram-se a bom nível
na condução para a área, mas era parte da estratégia.
Depois, era
uma questão de qualidade nas saídas de bola. Sauer é o motor principal da
equipa e foi quem mais assumiu, embora o sentido coletivo fosse evidente. Mais
forte nos duelos do que nas chegadas à área, o Boavista acabou por ter, talvez,
o momento mais prometedor do primeiro tempo, quando Sauer e Musa remataram, de
forma consecutiva, para grandes defesas de Bruno Varela. Nada nestes parágrafos
o confunda, caro leitor. O Vitória foi globalmente dominador e o mais ameaçador.
Com exceção do tal momento duplo, ao minuto 28, a equipa da casa foi superior.
E isso não se alterou na segunda parte. Ou melhor, agudizou-se. Os vimaranenses
cresceram no campo e o Boavista, com Sauer muito mais bem tapado, foi incapaz
de voltar a sair - até porque Ntep, que entrou para o lugar de Yusupha,
praticamente não se viu e a equipa teve menos soluções no ataque. Estupiñán e
Rochinha desperdiçaram as principais oportunidades nesse período e, depois,
começou a olhar-se para o banco, já que faltavam soluções para refrescar os
desgastados avançados...
Fortuna onde
não se previa
Nesse
período de desgaste, Pepa não pôde lançar homens de velocidade - não os tinha -
portanto optou por dar mais frescura ao meio-campo... e seriam precisamente os
que já lá estavam os que conseguiram chegar ao golo, num erro de Bracali após
remate de Lameiras, a largar a bola para a frente, onde o oportuno Estupiñán
conseguiu o golo.
A explosão
de alegria nas bancadas foi notável, mas tamanho valor que chegou acabaria por
ser desperdiçado logo depois, numa bola parada em que os axadrezados foram
crentes e aproveitaram a felicidade que lhes calhou. Uns tiveram o pássaro na
mão, os outros também lhe pegaram e, não tendo havido voo de fuga para ninguém,
também não houve total alegria com o ponto amealhado. Muito mais no Vitória do
que no Boavista, diga-se, apesar de os últimos segundos quase terem tido
reviravolta, num livre de Sauer que Varela sacudiu com grande dose de
importância.
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