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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Taça da Liga Fase de Grupos 2ºJornada 2021-2022: Estamos Pela Primeira Vez Na Final Four

 

                                                          BOAVISTA FC-5

SC BRAGA-1

Taça da Liga Fase de Grupos 2ºJornada Época 2021-2022

 16 de Dezembro de 2021 - 20h15
Estádio do Bessa Século XXI
Árbitro:Manuel Oliveira(A.F.Porto)


GR:Rafael Bracalli(C) GR:Tiago Sá
DC:Nathan Santos DC:Raúl Silva(Mário Gonzalez INT)
DC:Jackson Porozo DC:Diogo Leite
DC:Rodrigo Abascal(Tomás Reymão 84') DC:Paulo Oliveira(Vítor Tormena INT)
EE:Filipe Ferreira(Yanis Hamache 65') EE:Francisco Moura
MC:Gaius Makouta MC:Al Musrati(Chiquinho 72')
MC:Sebastian Perez(Tiago Llori 70') MC:André Horta(Lucas Mineiro INT)
MC:Gustavo Sauer(Ilija Vukotic 70') MC:Ricardo Horta(C)
ED:Reggie Cannon ED:Yan Couto
PL:Yusupha Nije(Paul Georges Ntep 65') PL:Iuri Medeiros
PL:Petar Musa PL:Vitinha(Abel Ruiz 31')


Treinador:Petit   Treinador:Carlos Carvalhal

Cartões Amarelos:Jackson Porozo 17',Al Musrati 56',Rafael Bracalli 53',Rodrigo Abascal 54',Gaius Makouta 55',Francisco Moura 72' e Reggie Cannon 78'

Golos:Gustavo Sauer 20',Petar Musa 32',Yusupha Nije 34',Nathan Santos 50',Iuri Medeiros 54'(g.p) e Gustavo Sauer 63'.

O último bilhete para a Final Four da Taça da Liga fica no Bessa, onde o Boavista goleou o SC Braga por 5x1. Os axadrezados viveram uma noite perfeita e, por isso, juntam-se a Santa Clara, Sporting e Benfica no final da janeiro para tentar o primeiro troféu da temporada. Terá havido, entre os 2969 adeptos presente no estádio do Bessa - e muitos outros em frente à televisão -, quem olhasse para o relvado em jeito de reminiscência. Seria este o Boavistão? A pantera que nos primórdios do século conquistou o país e fez furor na Europa? No banco, por certo, estava quem desse tempo sabe contar como foi: Petit. O homem-forte deste «novo» Boavista regressou a «casa» para a arrumar e, porque não, abrir-lhe novamente a porta do sucesso. Para já, os axadrezados vão a Leiria para o encontro de finalistas da Allianz Cup.

Quem não podia fartou-se de errar

Ninguém precisava de calculadora. As contas eram simples. Um ponto agradava aos portuenses, os minhotos tinham de vencer para marcarem encontro com o Benfica na Final Four. Talvez por isso - e pelo próprio ADN - foi o Braga quem pegou logo na «batuta», enquanto o Boavista começou em tom expectante. À passagem da primeira dezena de minutos, Yan Couto resolveu aventurar-se a solo e viu Bracali dizer-lhe que «não». Foi o primeiro sinal de perigo dos arsenalistas e, ao mesmo tempo, o último durante uma eternidade.  À medida que o relógio avançava sobre o nulo, a equipa de Petit ia ficando mais segura de si mesmo - e da bola. Makouta e Seba Pérez começaram a «encurtar» o espaço para os criativos adversários e, timidamente, os da frente avançaram metros. Yusupha foi uma enxaqueca das chatas para a última linha do Braga e Gustavo Sauer o talento de sempre. A isto juntou-se o desastre dos erros individuais na equipa de Carlos Carvalhal. E quando deram por ela já o Boavistão vencia por 3x0. Primeiro foi Al Musrati a entregar uma bola em «chamas» a Raúl Silva que, sem surpresa, falhou a receção. Agradeceu Sauer, que em corrida vertiginosa para o um contra um com Tiago Sá teve a frieza dos génios para picar a bola sobre o guarda-redes do Braga. 1x0, minuto 20. Estava em marcha a memória dos bons velhos tempos do Bessa, porque pouco depois de dobrada a meia-hora chegou a confirmação da derrocada arsenalista: entre os 32 e os 34 minutos, o Boavista arrumou a questão e «picou» o bilhete para Leiria. Já sem Vitinha em campo - saiu aos 20 minutos devido a lesão -, o Braga «mutilou» a esperança de uma reviravolta. André Horta, por regra dono de uma assertividade notável no passe, fez asneira à porta da grande área e deu a Yusupha a bola para o remate que deu o 3x0; 120 segundos antes, Makouta tinha arrancado com a certeza dos confiantes e com um passe rasgado lançou Musa que, depois de contornar Tiago Sá, encostou a bola para as redes desertas. 

Gira o disco e toca o mesmo

Como se não tivesse havido descanso no Bessa, a segunda parte começou com a fita da primeira. Espaço a mais na defesa do Braga e talento à solta no último terço do ataque boavisteiro. Sauer - que belo jogo - viu Nathan Santos a avançar na direita, meteu-lhe a bola e o resto foi pura felicidade axadrezada: um «míssil» sem defesa possível para Tiago Sá. De três subia para quatro a vantagem do Boavista e de pouca descia para nenhuma a esperança arsenalista. E esse estado de consciência manteve-se mesmo depois do 4x1, também ele um filme digno de guião. Isto porque Bracali defendeu o primeiro remate da grande penalidade (Ricardo Horta), bem à medida do conto de fadas que se vivia no coração da pantera. No entanto, Manuel Oliveira viu motivo para repetição e deu aos minhotos o Take 2 que Iuri Medeiros converteu. Por esta altura - desde o início da segunda parte, na verdade -, já Carvalhal tinha lançado Lucas Mineiro e Mario González em busca do milagre. Mas a noite era da pantera, que desfez em pedaços um Braga afundado em crimes de responsabilidade própria. O 5x1 foi uma lição de futebol de contra-ataque, com Musa a passar por Diogo Leite como faca quente em manteiga mole e depois a deixou para Sauer a cereja no topo do bolo. O resultado passou a ser histórico e a noite para mais tarda recordar no álbum boavisteiro. Os «olés» chegaram como consequência do filme e da bancada um grito significativo: «Allez, Petit, allez!». O campeão do Boavistão reacendeu a chama.

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