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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Taça da Liga Final Four Meia-Final: Caímos de Pé

                                                          SL BENFICA-1

BOAVISTA FC-1

Após Grandes Penalidades 3-2

Taça da Liga Meia-Final Final Four 2021-2022

25 de Janeiro de 2021 - 19h45
Estádio Dr.Magalhães Pessoa em Leiria~
Árbitro:Fábio Veríssimo(A.F.Leiria)



GR:Odysseas Vlachodimos GR:Rafael Bracalli(C)
DD:Valentino Lázaro DC:Nathan Santos
 DC:Jan Vertoghen(C) DC:Filipe Ferreira
DC:Felipe Morato DC:Rodrigo Abascal
DE::Alex Grimaldo EE:Yanis Hamache
ED:Diogo Gonçalves(Gonçalo Ramos 63') ED:Luís Santos
MC:Julian Weigl MC:Sebástian Pérez
MC:João Mário(Meite 83') MC:Gaius Makouta
MC:Paulo Bernardo(Gil Dias 63') PL:Gustavo Sauer(Paul Georges Ntep 83')
PL:Roman Yaremchuk(Pizzi 88') PL:Kenji Gorré(Jeriel de Santis 95')
PL:Everton(Nemanja 83') PL:Petar Musa

Treinador:Nélson Veríssimo    Treinador:Petit

Cartões Amarelos:Petar Musa 17',Paulo Bernardo 29',Rodrigo Abascal 36',Gaius Makouta 46' e Jeriel de Santis após final do jogo.

Golos:Everton 16' e Gustavo Sauer 53'(g.p)

Foi um Benfica feliz o que, seis anos depois, assegurou novo regresso à final da Taça da Liga. Porém, não se pode dizer que tenha sido melhor do que o Boavista, que até tinha mais baixas e maiores problemas, mas que se agigantou, como nos velhos tempos, para disputar o jogo de igual para igual e para o levar para os penáltis. Aí, o desacerto das panteras foi maior e os encarnados seguiram em frente. Mas terão de jogar bem mais para ganharem o troféu. O castelo em Leiria está mais perto de ser conquistado, se bem que ainda faltam... muitas melhorias.

Cebola para cozinhar a final

Nem Veríssimo, nem Petit tinham todos os ingredientes para este jogo. As seleções tiraram alguns, as lesões e a Covid-19 tiraram outros, mas houve bastante sal e pimenta para um jogo bastante saboroso e condimentado. Os maiores problemas estavam na muito remendada defesa do Boavista, onde faltavam muitos dos habituais titulares. Curiosamente, neste paralelismo com alimentação, seria Nathan, um dos habituais titulares, a meter água. Aproveitou-a Everton, o Cebolinha, que não vacilou na finalização.

Pensava-se, numa plateia com muito mais benfiquistas, embora com muito mais ruído boavisteiro, que a diferença de forças seria mais acentuada, mas Arouca foi há poucos dias e não pareceram ter sido aprendidos, por parte do Benfica, os erros aí cometidos que fizeram com que, numa exibição muito sofrível, a equipa se pusesse a jeito. Aconteceu igual, só que com a diferença de o adversário ser mais competente. Numa primeira parte onde as águias tiveram, a espaços, alguns bons momentos, as panteras responderam com muita vontade (que o jogo era bastante especial) e com uma estratégia correta, a pressionar a saída de bola das águias. Quando esta chegava ao trio de meio-campo (Weigl, João Mário e Paulo Bernardo personificaram o 4x3x3 que Veríssimo parece querer adotar), o problema era menor, mas nem por isso acabava: a pressão boavisteira era boa, doseada e incómoda. Não deu frutos nesse primeiro tempo, mas percebia-se que estava longe de ser um assunto resolvido para o Benfica. Nem lá perto...

A segunda parte começou com um erro de Morato, muito bem aproveitado por Musa - mais uma bela exibição. Do penálti, surgiu o golo, e toda a ementa ganhou outra cor. Surgiu água na boca de quem via duas equipas niveladas em campo, bem diferente dos milhões que as diferenciam no papel.

Grande Boavista, até aos penáltis

Nélson Veríssimo demorou pouco a mexer e a mudar, pois precisava de fazer algo de diferente para espevitar. Só que, tal como nas bancadas, também em campo o entusiasmo estava todo de um lado e a pressão toda do outro. Vinham alguns assobios do lado dos adeptos benfiquistas, muita boa vibração do outro e, como tal, havia uma nuvem psicológica de tons diferentes.

Ora, o treinador do Benfica mexeu duas peças e alterou para 4x4x2, juntando Ramos a Yaremchuk. A equipa passou a explorar mais o jogo exterior, largando o jogo interior (de ontem tinham saído os tais bons momentos no primeiro tempo), e referenciou Grimaldo e Everton para os cruzamentos, só que o Boavista, com a tal moral em alta, tinha muito mais certezas nos duelos e dividia-os com afinco, anulando com relativa facilidade a maior qualidade técnica do adversário. Por isso, e também porque a equipa nunca deixou de ter coragem e fibra para atacar, as melhores oportunidades depois do empate foram das panteras, que viram Vlachodimos negar-lhes uma ambição bem real. Nos últimos minutos, a equipa de Petit congelou o jogo, impedindo um assalto final que parecia estar finalmente a acontecer por parte das águias, e levou o jogo para os penáltis. Também aí não se pode falar de um Benfica menos errático, só que o Boavista foi mais e acabaram por ser os encarnados a chegar à final... onde terão de jogar muito mais para vencer.

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