BOAVISTA FC-1
Após Grandes Penalidades 3-2
Taça da Liga Meia-Final Final Four 2021-2022
MC:Julian Weigl MC:Sebástian Pérez
PL:Roman Yaremchuk(Pizzi 88') PL:Kenji Gorré(Jeriel de Santis 95')
Foi um
Benfica feliz o que, seis anos depois, assegurou novo regresso à final da Taça
da Liga. Porém, não se pode dizer que tenha sido melhor do que o Boavista, que
até tinha mais baixas e maiores problemas, mas que se agigantou, como nos
velhos tempos, para disputar o jogo de igual para igual e para o levar para os
penáltis. Aí, o desacerto das panteras foi maior e os encarnados seguiram em
frente. Mas terão de jogar bem mais para ganharem o troféu. O castelo em Leiria
está mais perto de ser conquistado, se bem que ainda faltam... muitas
melhorias.
Cebola para
cozinhar a final
Nem
Veríssimo, nem Petit tinham todos os ingredientes para este jogo. As seleções
tiraram alguns, as lesões e a Covid-19 tiraram outros, mas houve bastante sal e
pimenta para um jogo bastante saboroso e condimentado. Os maiores problemas
estavam na muito remendada defesa do Boavista, onde faltavam muitos dos
habituais titulares. Curiosamente, neste paralelismo com alimentação, seria
Nathan, um dos habituais titulares, a meter água. Aproveitou-a Everton, o
Cebolinha, que não vacilou na finalização.
Pensava-se,
numa plateia com muito mais benfiquistas, embora com muito mais ruído
boavisteiro, que a diferença de forças seria mais acentuada, mas Arouca foi há
poucos dias e não pareceram ter sido aprendidos, por parte do Benfica, os erros
aí cometidos que fizeram com que, numa exibição muito sofrível, a equipa se
pusesse a jeito. Aconteceu igual, só que com a diferença de o adversário ser
mais competente. Numa primeira parte onde as águias tiveram, a espaços, alguns
bons momentos, as panteras responderam com muita vontade (que o jogo era
bastante especial) e com uma estratégia correta, a pressionar a saída de bola
das águias. Quando esta chegava ao trio de meio-campo (Weigl, João Mário e
Paulo Bernardo personificaram o 4x3x3 que Veríssimo parece querer adotar), o
problema era menor, mas nem por isso acabava: a pressão boavisteira era boa,
doseada e incómoda. Não deu frutos nesse primeiro tempo, mas percebia-se que
estava longe de ser um assunto resolvido para o Benfica. Nem lá perto...
A segunda
parte começou com um erro de Morato, muito bem aproveitado por Musa - mais uma
bela exibição. Do penálti, surgiu o golo, e toda a ementa ganhou outra cor.
Surgiu água na boca de quem via duas equipas niveladas em campo, bem diferente
dos milhões que as diferenciam no papel.
Grande
Boavista, até aos penáltis
Nélson
Veríssimo demorou pouco a mexer e a mudar, pois precisava de fazer algo de
diferente para espevitar. Só que, tal como nas bancadas, também em campo o
entusiasmo estava todo de um lado e a pressão toda do outro. Vinham alguns
assobios do lado dos adeptos benfiquistas, muita boa vibração do outro e, como
tal, havia uma nuvem psicológica de tons diferentes.
Ora, o treinador do Benfica mexeu duas peças e alterou para 4x4x2, juntando Ramos a Yaremchuk. A equipa passou a explorar mais o jogo exterior, largando o jogo interior (de ontem tinham saído os tais bons momentos no primeiro tempo), e referenciou Grimaldo e Everton para os cruzamentos, só que o Boavista, com a tal moral em alta, tinha muito mais certezas nos duelos e dividia-os com afinco, anulando com relativa facilidade a maior qualidade técnica do adversário. Por isso, e também porque a equipa nunca deixou de ter coragem e fibra para atacar, as melhores oportunidades depois do empate foram das panteras, que viram Vlachodimos negar-lhes uma ambição bem real. Nos últimos minutos, a equipa de Petit congelou o jogo, impedindo um assalto final que parecia estar finalmente a acontecer por parte das águias, e levou o jogo para os penáltis. Também aí não se pode falar de um Benfica menos errático, só que o Boavista foi mais e acabaram por ser os encarnados a chegar à final... onde terão de jogar muito mais para vencer.
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