SL BENFICA-2
Liga Bwin 23ºJornada Época 2021-2022
GR:Rafael Bracalli(C) GR:Odyseas Vlachodimos
DC:Reggie Cannon DD:Valentino Lázaro
DC:Tiago Llori(Yanis Hamache 18') DC:Jan Vertonghen
DC:Javi Garcia DC:Nicolás Otamendi(C)
ED:Nathan Santos DE:Álex Grimaldo(Gilberto 86')
MC:Gaius Makouta MC:Julien Weigl
MC:Sebastian Perez(Fran Pereira 93') MC:Adel Taarabt(João Mário 73')
EE:Filipe Ferreira MC:Everton(Nemanja Radonjic 73')
PL:Yusupha Nije(Kenji Gorré 62') PL:Rafa Silva
PL:Petar Musa PL:Darwin Nunez
PL:Gustavo Sauer PL:Gonçalo Ramos(Roman Yaremchuk 86')
Treinador:Petit Treinador:Nélson Veríssimo
Cartões Amarelos:Julian Weigl 15',Nicolás Otamendi 27',Sebastian Perez 40',Javi Garcia 46',Kenji Gorré 69',Gonçalo Ramos 75',Álex Grimaldo 84',Petar Musa 85' e Yanis Hamache 89'.
Golos:Adel Taarabt 21', Álex Grimaldo 30',Gustavo Sauer 75' e Gaius Makouta 80'.
Chegou a parecer fácil para o Benfica e acabou a cheirar a
reviravolta épica do Boavista. Duas partes distintas, duas atitudes distintas e
uma enorme postura da equipa de Petit, que perdia por 0x2 ao intervalo e que
podia perfeitamente ter ganho, contra um Benfica que se eclipsou totalmente no
segundo tempo e que voltou a demonstrar muitos, muitos problemas. Assim, vai
ser uma limpeza para o Ajax... Mas foquemos neste jogo, que o próprio Nélson
Veríssimo também o fez, sem poupanças. Acabou por ver Otamendi e Weigl
receberem o quinto amarelo, que os tira da receção ao Vitória, e viu também um
apagão muito preocupante da sua equipa, o qual não conseguiu contrariar com
substituições que pioraram. Ainda se pode falar de primeiro lugar na Luz, até
porque matemática o permite. Mas é mesmo só isso. E mesmo o segundo lugar...
Petit, por sua vez, acabou totalmente com o rótulo, ao empatar pela segunda vez
em menos de um mês contra o Benfica, a quem continua sem ganhar, e voltou a
empatar (são 13 do Boavista, o rei do campeonato neste capítulo), mas ninguém
pode dizer que esta equipa não tem fibra... e não sabe jogar. Joga muito, mesmo
com adversidades.
Desequilibrador improvável
Uma das dúvidas para o jogo, talvez a maior, era se Paulo
Bernardo mantinha a titularidade ou se João Mário voltava a fazer companhia a
Weigl no meio. Nélson Veríssimo nem foi por um, nem por outro: apostou em
Taarabt, que tinha entrado bem contra o Santa Clara e que mereceu a confiança
do treinador pela primeira vez (ainda não o tinha lançado a titular).
Aposta feita, aposta ganha. A primeira parte não foi toda
dele somente porque também houve Rafa e o próprio Weigl, mas o marroquino foi de
um nível superior, quer na visão e nos passes, quer na condução com bola,
encontrando espaços de forma crescente à medida que a defesa do Boavista se
descoordenava - para isso também valeu a necessidade de Ilori ser substituído
muito cedo e de Hamache ser lançado a frio. Mas, se a face do marroquino foi
bastante visível, a de Rafa também convém ser destacada. Inegavelmente, o
internacional português perde protagonismo encostado à direita no 4x4x2,
portanto Veríssimo fê-lo alternar posição com Gonçalo Ramos, o que o fazia
romper muitas vezes pelo corredor central e surgir em zonas de decisão. Aí,
assistiu de calcanhar para o remate de Taarabt no primeiro e finalizou para
defesa incompleta no segundo, da autoria de Grimaldo. Até podia ter havido mais
protagonismo de ambos, num lance de contra-ataque em que ficou bem visível a
apatia do setor defensivo axadrezado, mas no qual Gonçalo Ramos estava fora de
jogo. Porém, chegava. Para o Benfica, a sensação era de vitória na mão ao
intervalo.
Que resposta!
Só que o Boavista voltou para a segunda parte muito mais
intenso e capaz. A equipa de Petit subiu no campo e, acima de tudo, subiu muito
os índices de agressividade, que estranhamente estiveram em baixo no primeiro
tempo. E, tal como no jogo da Taça da Liga entre ambas, também aqui foi capaz
de meter o Benfica em sentido. Sauer ligou-se mais ao jogo, pôde aparecer com
mais bola e, dessa forma, torna-se mais fácil o Boavista ser perigoso. Quer em
bola corrida, quer a bater bolas paradas, o camisola 8 foi o motor da equipa e
foi com total justiça que, já depois de Veríssimo mexer na equipa, conseguiu
relançar o jogo ao bater Vlachodimos. Foram largos, largos minutos do Benfica
sem conseguir viver mais do que míseros segundos no meio-campo contrário.
Enorme mérito do Boavista, mas também demérito dos encarnados, incapazes de
aproveitar o espaço e de serenar com bola. As substituições não só não
ajudaram, como pioraram, por isso o ascendente mental era cada vez mais
evidente.
Ninguém ficou surpreendido, pois, quando o empate chegou, por Makouta. Quando se achava que haveria finalmente reação encarnada, foi o contrário: mais uma grande demonstração de qualidade do Boavista, que várias vezes ameaçou a reviravolta. Seria épico e merecido, embora assim já tenha sido um belo prémio para a equipa.
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