FC VIZELA-2
Liga Bwin 21ºJornada Época 2021-2022
GR:Rafael Bracalli(C) GR:Pedro Silva
DC:Tiago Llori(Luís Santos 37') DD:Igor Julião(Kiki Afonso 75')
DC:Jackson Porozo DC:Anderson Jesus
DC:Rodrigo Abascal DC:Mohamed Aidara
ED:Filipe Ferreira DE:Richard Ofori
MC:Gaius Makouta MC:Claudemir
MC:Sebastian Perez MC:Alex Méndez(Osama Rashid 56')
EE:Yanis Hamache MC:Raphael Guzzo(Samú Silva 26')
PL:Nathan Santos ED:Kiki Bondoso
PL:Petar Musa PL:Cassiano(C)(Guilherme Schettini 75')
PL:Kenji Gorré(Jeriel de Santis 90') EE:Nuno Moreira(Kévin Zohi 56')
Treinador:Petit Treinador:Álvaro Pacheco
Cartões Amarelos:Rodrigo Abascal 9',Sebástian Pérez 9',Filipe Ferreira 28',Cassiano 35',Igor Julião 54',Richard Ofori 66',Anderson Jesus 80',Gaius Makouta 90',Claudemir 93',Jeriel de Santis 97' e Pedro Silva 99'.
Cartões Vermelhos:Luís Santos 49'.
Golos:Samú Silva 27',Yanis Hamache 57'(g.p),Samú Silva 68', e Petar Musa 70'.
Bom futebol, expulsão, raça, golos, erros, atitude, emoção,
euforia e desespero. Junta-se tudo, mete-se num estádio, mexe-se durante 90
minutos e está pronto a servir. O Boavista x Vizela teve tudo isto e ainda teve
como condimento extra o facto de se jogar na tradicional tarde de domingo, fria
mas solarenga, com 4.332 adeptos na bancada (bela mancha azul que viajou de
Vizela) e podia ter acabado com triunfo do Boavista, que jogou toda a segunda
parte com 10 jogadores, que recuperou de duas desvantagens e que desperdiçou um
penálti no último minuto dos descontos. Teria sido épico, assim foi apenas
justo, que o Vizela também fez muito. Obrigado a ambos.
Ao 23.º jogador, o golo
A vantagem que o Vizela registava ao intervalo era curta,
mas justa. Provavelmente, um 1x2 traduziria melhor o que tinha sido esse
período, em que os vizelenses foram globalmente superiores, mas no qual as duas
equipas foram capazes de criar boas oportunidades. O Boavista, que não entrou
bem, pareceu lidar mal com duas coisas e bem com uma: mal com a ausência de
Sauer e com um relvado reforçado com areia e que exigia um toque diferente, que
as panteras muitas vezes não tiveram; bem com a defesa tremida do Vizela. A
equipa de Álvaro Pacheco está num momento em que respira confiança, ainda que o
setor defensivo esteja longe de ser sólido (mesmo que Anderson já signifique
melhorias), só que a criação axadrezada só resultava em perigo quando desaguava
em Musa, já que Gorré atrapalhou mais do que ajudou.
Ora, essas oportunidades interromperam um Vizela por cima,
sobretudo até ao golo. Com uma belíssima energia vinda da bancada (um milhar de
adeptos de azul), os minhotos começaram por controlar o jogo, bem longe de
optarem por uma postura passiva. Quando tinham bola, seguiam para a baliza e
criavam oportunidades, como a de Cassiano, que Tiago Ilori impediu - ele que
seria o segundo a sair na primeira parte por problemas físicos, que pareceram
resultar desse lance. Antes já tinha saído Guzzo, também azarado, visto que estava
a reconquistar a titularidade nos últimos jogos. Saiu antes de um livre
lateral, entrou Samu, que apareceu ao segundo poste e cabeceou para a baliza.
Que entrada! Por falar em entrada, viu-se exatamente o oposto do outro lado.
Luís Santos, quetinha substituído Ilori, só durou 15 minutos: logo no início da
segunda parte, com uma entrada muito dura, viu vermelho depois de o árbitro ter
ido ver as imagens. E parecia que tudo estava pior para o Boavista...
Muita vontade de ganhar
O que se viu foi, porém, um despertar da equipa de Petit,
que fez da contrariedade uma enorme força. Também houve algum demérito da
equipa vizelense, que não soube controlar o jogo à frente do seu último terço,
mas percebe-se que tal tenha acontecido pela tal irregularidade defensiva que a
equipa apresenta. O Boavista empatou de penálti, o Vizela voltou a adiantar-se
numa excelente jogada entre Rashid (entrou e a equipa melhorou), Cassiano e
Samu, que bisou, mas novamente se viram os adeptos axadrezados a festejar, num
excelente movimento de Musa, pleno de oportunidade e a demonstrar que é um
jogador de nível superior.
Tudo muito rápido, tudo muito enérgico... tudo muito desgastante. Com 20 minutos para jogar, o Boavista recolheu mais atrás, ciente de que o esforço dispendido por cada jogador tinha de ser superior, atendendo à inferioridade numérica, e entregou a iniciativa ao Vizela novamente. Aí, sentiu-se que também a equipa de Álvaro Pacheco estava curta, sobretudo em frescura mental. Foi tendo bola, mas sem a mesma qualidade, pois Kiko Bondoso já quebrara e Samu passou a ser mais marcado (pudera...). Além disso, a saída de Cassiano, que começou por ser insultado e acabou aplaudido, tirou à equipa um elemento fundamental para segurar bola e dar capacidade de choque na frente. Ou seja, a qualidade dos últimos minutos foi menor e o jogo acabou com um justo empate... mesmo que tenha surgido um penálti no fim dos descontos, fruto de um disparate de Pedro Silva a derrubar Porozo, mas resultante num disparate de Hamache, a rematar por cima e a desperdiçar soberana oportunidade.
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