BOAVISTA FC-1
VSC GUIMARÃES-1
Liga Bwin 33ºJornada Época 2021-2022
GR:Rafael Bracalli(C) GR:Bruno Varela
DC:Reggie Cannon DD:Miguel Maga
DC:Jackson Porozo DC:Abdul Mumin
DC:Rodrigo Abascal DC:André Amaro
EE:Filipe Ferreira(Paul-Georges Ntep 68') DE:Rafa Soares
MC:Javi Garcia MC:Ibrahima Bamba(Alfa Semedo 81')
MC:Gaius Makouta MC:Tiago Silva
ED:Pedro Malheiro(Nathan Santos 68') MC:Nicolas Janvier(Dani Silva 69')
PL:Luís Santos(Yusupha Nije 40') ED:Rúben Lameiras(Nélson da Luz 61')
PL:Kenji Gorré(Tiago Morais 92') PL:Óscar Estupiñan(Bruno Duarte 68')
PL:Yanis Hamache EE:Rochinha(C)(Ricardo Quaresma 81')
Treinador:Petit Treinador:Pepa
Cartões Amarelos:Abdul Mumin 32',Ibrahima Bamba 45'+2',André Amaro 63',Paul-Georges Ntep 71',Abdul Mumin 76' e Nathan Santos 94'.
Cartões Vermelhos:Abdul Mumin 76'.
Golos:Óscar Estupiñan 25' e Paul-Georges Ntep 70'.
Foi uma noite de jogo grande no estádio do Bessa. Com um
ambiente memorável nas bancadas (foram 12.714), o clássico entre Boavista e
Vitória Sport Clube, da 33ª jornada da Liga bwin, terminou com um empate (1-1)
que conta a história em duas partes: a primeira foi dos vimaranenses, a segunda
das panteras.
A esperança superou a tranquilidade
Em jogo, para além do orgulho de uma rivalidade com
décadas, estava, sobretudo, a esperança vitoriana de ainda conseguir chegar ao
tão desejado 5º lugar no sprint final deste campeonato. Ainda que diretamente
dependentes do Gil Vicente, a equipa de Pepa tinha obrigatoriamente de cumprir
o seu papel. E foi essa necessidade que acabou por se notar no relvado do
Bessa. Sem ser brilhante, o Vitória SC foi mais afoito e mais ativo. Com
Rochinha recuperado, foi do extremo a primeira ameaça (6'), ainda que sem
perigo efetivo para Bracali. Bem mais perigosa foi a dupla ocasião do minuto
19, quando o capitão das panteras travou um primeiro remate de Rafa Soares (que
teve todo o tempo do mundo) e, na «ressaca», viu o remate de Janvier tirar
tinta ao poste. A superioridade vitoriana foi-se tornando inevitável com o
passar dos minutos e, por isso, a vantagem assentou bem à história do jogo.
Estupiñán, que pode estar de saída do «berço», continua a ser vital e foi dele
o cabeceamento fulgurante ao primeiro poste após canto de Tiago Silva; Bracali
ficou «colado» ao relvado e aos 25 minutos ficou desfeito o nulo na cidade do
Porto. Foi um Boavista menos vistoso e mais aflito nos seus processos. As
baixas pesaram, e muito; desde logo a de Petit no banco. Mas foi a ausência de
Musa que fez mais estragos nos axadrezados, porque os golos e a qualidade do
croata como homem da frente são essenciais, mas também porque obrigou Kenji
Gorré a assumir esse papel, onde teve dificuldades.
Mexida acordou a pantera
E sem Musa no meio e Gorré na linha, onde é fortíssimo, o Boavista não «carburou» como se esperava. Pelo menos, até à mudança, ainda dentro da primeira parte. Petit, à distância, percebeu essa problemática e mexeu; sacrificou Luís Santos e lançou Yusupha, devolvendo, com isso, Gorré ao seu habitat natural. E, como que por «magia», a pantera rugiu à frente. Foi impressionante a influência do extremo a partir do flanco. Gorré tirou adversários do caminho em velocidade - porque voltou a ter o espaço para a aplicar - e no primeiro quarto de hora da segunda parte serviu colegas e empolgou a plateia. O trabalho, aos 47 minutos, na esquerda acabou com Hamache a cabecear para uma defesa apertadíssima de Bruno Varela. Houve jogo. O dedo vindo do banco, corrigindo a imperfeição no alinhamento inicial, deu a alma e a eletricidade final a um jogo que passou a ser em dois sentidos. Com Rochinha (48') e Rafa Soares (50') a produzirem perigo de um lado, Hamache e, sobretudo, Yusupha (66') do outro responderam à altura; o remate do avançado boavisteiro esbarrou mesmo no poste, perante um Varela batido. Por tudo isto, o momento do minuto 69, tal como o golo vitoriano na primeira parte, escreveu justiça. Perante o maior caudal ofensivo, Ntep, que tinha entrado no minuto anterior, finalizou para dar o empate ao Boavista. E quando Mumin foi expulso (76'), a pantera carregou ainda mais. Gorré, Makouta e Ntep, nesses minutos, podiam ter dado a vitória aos axadrezados, mas Varela mostrou-se à altura - defesa estratosférica no último lance da partida. Contas feitas, o Boavista, que já tinha a sua vida resolvida, somou mais um jogo sem derrota na era Petit. O Vitória, esse, agarra-se à derradeira esperança de uma derrota do Gil Vicente na receção ao Tondela para discutir a questão do 5º lugar no último jogo da temporada.
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