BOAVISTA FC-3
RIO AVE FC-2
Liga Bwin 29ºJornada Época 2022-2023
GR:Rafael Bracalli(C) GR:Jhonatan Luiz
DD:Reggie Cannon(Miguel Reisinho 81') DC:Renato Pantalon
DC:Rodrigo Abascal DC:Adellan Santos
DC:Vincent Sasso DC:Josué Sá(Sávio INT)
DE:Bruno Onyemaechi(Luís Santos INT) ED:Costinha
MC:Sebastien Pérez(Joel Silva 63') MC:João Graça
MC:Gaius Makouta MC:Guga Rodrigues(Amine Oudrhiri 65')
MC:Bruno Lourenço MC:Andreas Samaris(Vítor Gomes INT)
ED:Salvador Agra(Ibrahima Camara 89') EE:Fábio Ronaldo
PL:Yusupha Nije(Robert Bozénik 63') PL:André Pereira(Leonardo Ruiz INT)
EE:Ricardo Mangas PL:Hernâni Fortes(Emmanuel Boateng 75')
Treinador:Petit Treinador:Luís Freire
Cartões Amarelos:Josué Sá 42',Joel Silva 86',Boateng 88'
Cartões Vermelhos:Leonardo Ruiz 62'.
Golos:Yusupha Nije 9',Bruno Lourenço 12',Hernani Fortes 15',Ricardo Mangas 35' e Emmanuel Boateng 85'.
Nos dias em que se celebram (ou lamentam?) os 20 anos do
último jogo europeu do Boavista - veja AQUI o Destino: Saudade sobre a
efeméride -, o Estádio do Bessa assistiu a uma demonstração de qualidade e
superioridade da equipa axadrezada, numa das melhores aparições da época. O «Petitball» está cristalizado, cada vez
mais bonito e ambicioso, e a reclamar a atenção da crítica especializada e dos
adeptos axadrezados - este Boavista já justifica mais do que seis mil pessoas
nas bancadas. Vitória autoritária e ultrapassagem sobre o Rio Ave, subida a
décimo lugar e aos 37 pontos, com a tentação chamada UEFA já ali bem perto.
Grande jogo no Bessa, a fazer lembrar que na zona ocidental do Porto existe um
enorme clube, a evidenciar saúde e um carisma interessantíssimos, muito por
culpa do estilo implementado pelo treinador.
Só mesmo alguém estacionado no tempo e no preconceito, ainda pode
considerar «defensivo» Petit, o mister Armando Gonçalves Teixeira. O Rio Ave, uma das boas equipas da Liga, foi
penalizado por um primeiro tempo horrível e uma expulsão a meio da segunda
parte. A reação, corajosa, já só deu para o 3-2.
Quarteto fantástico no bloco de Petit
Os 60 minutos perfeitos do Boavista - exceção feita à distração de Reggie Cannon no golo do reaparecido Hernâni - resumem-se em poucas palavras: capacidade de recuperar a bola em zonas altas, movimentação e entendimento entre os quatro homens mais adiantados, qualidade na definição do último passe e remate.Ricardo Mangas (um golo e uma assistência), Yusupha (um golo e uma assistência), Salvador Agra (uma assistência) e Bruno Lourenço (um golo) incorporaram o espírito de históricos antecessores, protagonizaram um carrossel mágico, uma saudável desbunda de futebol e espetáculo, de xadrez ao peito. Não foram Marlon Brandão e JVP, Ricky ou Erwin Sanchez, mas por momentos, largos momentos, o Boavista pareceu o candidato ao título de outros tempos. O 3-1 ao intervalo era, de resto, simpático para o Rio Ave e enganador para quem assistia à partida. O recuo de Mangas para lateral esquerdo (Bruno Onyemaechi saiu ao intervalo) não fez bem à equipa, o Rio Ave percebeu-o e tentou ser mais do que figurante no jogo. As três substituições de Luís Freire ao intervalo provaram o desnorte e a necessidade de revolução de mentalidades. Resultou, mas por pouco, pois Leo Ruiz viu o vermelho ao minuto 62. A partir daí, o clássico nortenho baixou de qualidade e subiu de frequência sonora. O Boavista passou a estar demasiado confortável, viu o Rio Ave a reduzir num golaço de Boateng e a assustar numa saída defeituosa Bracali. O essencial, a justiça no score, não foi afetado. A última impressão, sempre relevante, é mais benigna para os vilacondenses. O «Petitball» justificava outra diferença.
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