BOAVISTA FC-1
Liga BetClic 6ºJornada Época 2023-2024
GR:Matheus Magalhães (C) GR:João Gonçalves
DD:Victor Gomez DD:Salvador Agra(Luis Santos 65’)
DC:Serdar Saacti DC:Chidozie Awaziew
DC:Sikou Niakité DC:Rodrigo Abascal
DE:Cristian Borja(Adrian Marin 65’) DE:Bruno Oneymaechi
MC:Rodrigo Zalazar(João Moutinho 70’) MC:Gaius Makouta(Ilija Vukotic 65’)
MC:Al Musrati MC:Sebastián Pérez(C)
MC:Ricardo Horta(C)(Rony Lopes 65’)MC:Miguel Reisinho(Ibrahima Camara 77’)
ED:Pizzi(André Horta 77’) ED:Bruno Lourenço(Bernardo Conceição 77’)
PL:Simon Banza PL:Robert Bozénik(Jeriel de Santis 77’)
EE:Álvaro Djaló(Alan Ruiz 70’) EE:Tiago Morais
Treinador:Artur Jorge Treinador:Petit
Cartões Amarelos:Sebastian Perez 30’ e Sebastien Perez 31’Gaius Makouta 45’+2’ Ricardo Horta 49’ e Simon Banza 94’.
Cartões Vermelhos: Sebastian Pérez 31’
Golos:Ricardo Horta 19’,Tiago Morais 26’Simon Banza 36’,Al Musrati 54’(g.p) e Ricardo Horta 58’.
Depois da queda estrondosa em Faro e da derrota europeia
frente ao Napoli, o SC Braga regressou, este domingo, aos triunfos. Na receção
ao Boavista, líder à entrada para a sexta jornada, os minhotos deram um grito
de revolta e reentraram no caminho certo. Mais, vergaram o agora ex-comandante
da Liga Portugal Betclic a uma pesada derrota por 4-1.
Gverreiro revoltado
Sem Pedro Malheiro, afastado devido a lesão, Petit fez
recuar Salvador Agra no terreno e levou Bruno Lourenço a jogo no onze inicial,
montando a pantera no habitual 4x2x3x1, que em missão defensiva se transformou
em 4x4x2. Do outro lado, o 4x2x3x1 de Artur Jorge teve várias mexidas em relação
à derrota com o Napoli: Serdar Saatci assumiu o lugar de José Fonte, Rodrigo
Zalazar rendeu Vítor Carvalho ao lado de Al Musrati e Bruma e Abel Ruiz foram
rendidos por Pizzi e Simon Banza.Embora a primeira ameaça tenha saído do pé
direito de Salvador Agra, que deu trabalho a Matheus na cobrança de um livre
lateral, foi o SC Braga que se fez dono e senhor do jogo durante os primeiros
20 minutos. Revoltada pelos resultados recentes e determinada a fazer as pazes
com os adeptos, a equipa minhota foi mais forte nos duelos, condicionou as
peças certas do adversário - Makouta teve dificuldades para fazer a ligação aos
homens da frente perante a pressão de Al Musrati e Zalazar e Serdar «policiou»
Bozenik como se tivesse acabado de encontrar o criminoso mais procurado do
Mundo -, tirou-lhe a bola e fê-la circular a toda a largura do terreno de jogo,
com Al Musrati a ser o pêndulo responsável por a levar da direita à esquerda e
vice-versa. O Boavista teve dificuldades à direita da defesa, com o normal
desconforto de Agra com a posição de lateral a ser exposto em vários momentos
pelo adversário. Para além disso, faltou energia ao meio-campo axadrezado na
hora de reagir à perda da bola, o que deixou a equipa muito exposta à transição
ofensiva bracarense. Perante todos estes fatores, não se pode dizer que o golo
de Ricardo Horta, aos 19 minutos, não tenha trazido justiça ao marcador. Pese o
domínio evidente até então, a equipa anfitriã não esteve muito tempo na frente.
Bastou um erro em zona proibida, que deixou o homem errado com tempo e espaço
para pensar e executar. Makouta colocou Tiago Morais na cara do golo e o
extremo não se fez rogado, mas dois «socos no estômago» atordoaram a pantera:
Sebastián Pérez viu dois cartões amarelos em cima da meia hora, primeiro por
falta sobre Pizzi e depois pela reação que não agradou a Artur Soares Dias, e
Simon Banza devolveu a vantagem aos Gverreiros do Minho.
Via aberta para golear
A expulsão de Pérez «desligou» o Boavista do jogo. As dificuldades que já existiam na transição defensiva acentuaram-se sem o xerife colombiano a patrulhar o meio-campo e por várias vezes o SC Braga saiu rápido pela zona central e com muitas unidades a apontar à baliza de João Gonçalves. Mérito de Al Musrati e Zalazar no trabalho de recuperar a posse e lançar essas mesmas saídas. Tudo o que podia correr mal à equipa de Petit, correu. Não bastassem os problemas criados pela exigência do desafio, o Boavista ainda perdeu um dos seus membros mais influentes numa fase precoce da partida - na qual, porventura, podia ganhar algum ascendente com o golo obtido instantes antes - e viu uma grande penalidade assinalada ao minuto 53, qual cereja no topo de um bolo com recheio de desastre. Al Musrati aproveitou para acrescentar um golo à belíssima exibição e dar também um pontapé na réstia de esperança axadrezada, antes de Ricardo Horta bisar e dar contornos de goleada. Bozenik continuou isolado da restante equipa numa ilha que nunca deixou de ser propriedade de Serdar. O Boavista continuou demasiado curto no terreno, sem capacidade de fazer o bloco ganhar metros e obrigar o adversário a recuar. E o SC Braga continuou a controlar, mesmo depois da habitual dança das substituições que, este domingo, trouxe nomes como João Moutinho e Rony Lopes na ementa. Mais contido no ritmo, sim, mas ainda assim inconformado com os números já expressivos, o conjunto da casa continuou disponível para levar o perigo à baliza adversária e fê-lo por inúmeras vezes em busca de dilatar a diferença, ainda que sem sucesso. O desastre de Faro já é passado e crise, pelo menos por agora, não há.
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