CF ESTRELA DA AMADORA-3
BOAVISTA FC-1
Liga Betclic 13ºJornada Época 2023-2024
GR:Dida GR:João Gonçalves
DC:Hevertton Santos DD:Pedro Malheiro
DC:Erivaldo Almeida DC:Filipe Ferreira(Jeriel de Santis 82')
DC:Kialonga Gaspar(C) DC:Rodrigo Abascal
EE:João Reis(Ronaldo Tavares 76') DE:Bruno Onyemaechi
MC:Vitó(Manuel Keliano 67') MC:Gaius Makouta
MC:Léo Cordeiro MC:Sebastián Pérez(C)(Bernardo Conceição 82')
ED:Jean Filipe MC:Ibrahima Camará(Ilija Vukotic 60')
PL:Ronald Pereira(Nkanyiso Shinga 81') ED:Salvador Agra
PL:Léo Jaba(Regis Ndo 67') PL:Robert Bozénik
PL:André Luiz(Kikas INT) EE:Bruno Lourenço(Martim Tavares 60')
Treinador:Sérgio Vieira Treinador:Petit
Cartões Amarelos:Filipe Ferreira 25',André Luiz 31',Léo Cordeiro 36',Kialonda Gaspar 63',Erivaldo Almeida 72' e Sebastien Perez 78'.
Golos:Léo Jaba 52',Martim Tavares 74',Rodrigo Abascal 78'(a.g.) e Kikas 84'.
A 1ª
parte foi das mais paupérrimas que há memória, mas se era para ter uma 2ª parte
destas, valeu certamente a espera. O Estrela ajustou, percebeu onde melhorar e
foi quem mais mereceu a vitória nuns segundos 45 minutos loucos e de grande
emoção. No final, a vitória por 3-1 sobre o Boavista foi mais que justa. Ambas
as equipas chegavam a este jogo com mais de mão cheia de ausências, pelos
diversos motivos, entre lesões e castigos, e havia, por isso, algumas novidades
nos onzes titular. Sérgio Vieira tinha novidades em todos os setores, enquanto
Petit viu Abascal recuperar a tempo, o único central de raiz disponível a ir a
jogo.
Pobreza
criativa
Depois
de uma das piores, se não a pior, exibições da temporada, frente ao Arouca
(0-4), Petit regressava, apesar das muitas limitações com lesões e castigos, ao
sistema de três centrais, com Pedro Malheiro a servir de central descaído para
a direita, Agra de ala direito e Bruno Onyemaechi na esquerda e isso levou a
que existisse um grande encaixe tático entre Panteras e Estrelistas, a nível
tático. 1ª parte muito pobre Sem bola, o Boavista assumia uma linha de cinco
defesas e mesmo assim continuava com vantagem numérica no miolo, o que
dificultou o trabalho de ligação entre setores da parte do Estrela, claramente
a equipa mais à vontade com bola no pé, e tornou o jogo combativo e previsível
(este durante quase toda a 1ª parte) durante largos minutos desde o apito
inicial. Sem conseguir ligar jogo, o Estrela precisava que os seus avançados
fossem mais ativos. André Luiz ainda marcou aos 23', numa das primeiras vezes
em que explorou a diagonal entre o central e ala, mas foi anulado prontamente
por fora de jogo, e foi esse movimento, especialmente na direita axadrezada,
onde Malheiro estava claramente desconfortável nesta missão de terceiro
central, que causou os poucos desequilíbrios
da 1ª parte, embora quase sempre inofensivos pelo controlo da
profundidade de Abascal. Do outro lado, o Boavista ainda menos inofensivo foi e
só ameaçou num livre direto de Agra, defendido por Dida, aos 38'.
Que
diferença!
Era
preciso muito, mas muito mais, para as equipas retirarem algo de um jogo que ia
deixando bastante a desejar e cedo se percebeu que ambas o queriam fazer.
Sérgio Vieira colocou Kikas ao intervalo e este fez logo a diferença ao baixar
na construção para ligar setores, mas não era só essa a diferença. Além dos
alas estarem mais ativos, de ambos os lados, no caso do Estrela os extremos
estavam a aproveitar as descidas de Kikas e subidas dos alas para fazer mais
diagonais e permutas e isso fez toda a diferença, ao ponto de, aos 52', Ronald
ter surgido bem na direita, cruzou rasteiro para a entrada da área e Jabá
faturou. Intensidade com bola melhorou 2ª parte subida de intensidade por parte
do Estrela tinha mudado por completo o jogo e animado as bancadas, que agora
eram bem mais efusivas, com destaque para a parte Sul, onde a claque tricolor
estava de volta. O Boavista respondeu a essa intensidade, e ao golo sofrido, e
aproveitou o maior espaço nas alas para tentar a transição, já com Martim
Tavares na companhia a Bozenik na frente. O jogo abriu, havia riscos, mas o
Boavista ia ganhando ímpeto e acabou mesmo por chegar ao empate aos 75', num
canto estudado, finalizado precisamente por Martim Tavares. Depois da pobreza
da 1ª parte vivíamos, agora, uma autêntica incógnita na partida, mas daquelas
positivas, onde não se percebia para quem podia pender o jogo, por mérito das
equipas, mas foi o Estrela quem foi feliz e, pouco depois, aos 78', foi também
feliz num canto e marcou num auto golo de Abascal, azarado. Contudo, o Estrela
não se ficou aqui, percebeu que os axadrezados estavam a arriscar cada vez mais
pelas alas e aproveitaram esse espaço. Aos 84', Regis abriu o livro na direita,
trocou as voltas a um defesa com um drible alucinante e cruzou para uma grande
finalização de Kikas, o 3-1. O Boavista ainda tentou relançar a partida nos 10
minutos (com compensação) finais, mas Dida mostrou-se bem entre os postes e o
Estrela mereceu a vitória por 3-1, para terminar a série de quatro jogos sem
vencer e prolongar a do Boavista (seis).
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