Pela primeira vez em 32 anos, a Associação de Futebol do Porto corre o risco de ter só três clubes na Liga, em 2010/11. É um sinal de quê?
De perda de influência. O Porto, no contexto geral da sociedade, é uma zona deprimida e onde há uma inequívoca falta de solidariedade. Estamos a perder algumas coisas, que costumam ir a caminho de Lisboa, e o futebol não foge à regra. Mas acredito que o Leixões vai evitar a despromoção. Tenho grande admiração pelo presidente Carlos Oliveira e desejo que permaneça na Liga.
O Boavista também contribuiu para o esvaziamento associativo…
O Boavista desceu por via administrativa, mas falta uma decisão judicial, na qual temos legítimas expectativas de sucesso. Não tenho dúvidas de que o tribunal nos irá dar razão. O clube foi vítima de uma injustiça, caso contrário, seria mais um na Liga.
Perspectiva um regresso em força da Associação, a curto/médio prazo?
Depende. Os dirigentes costumam cometer o pecadilho de falar demasiado nos penáltis e nos fora-de-jogo… Como membro associativo, estou pronto a dar uma contribuição válida. As pessoas têm de conversar sobre o futuro do futebol, porque a maioria dos clubes vive uma situação complicadíssima. O Porto, com muita cooperação, poderá reerguer-se. J.F.
In Jornal de Notícias, 24 de Abril de 2010
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