BOAVISTA FC-2
Liga Bwin 32ºJornada Época 2021-2022
GR:Mateus Pasinato GR:Rafael Bracalli(C)
DD:Paulinho(Rúben Ramos 78') DC:Reggie Cannon
DC:Pablo Santos DC:Jackson Porozo
DC:Lazar Rósic(C) DC:Rodrigo Abascal
DE:Godfried Frimpo(Galego 78') MC:Sebastien Pérez(Nathan Santos 80')
MC:Sori Mané MC:Ilija Vukotic(Yanis Hamache 71')
EE:Pedro Amador(André Luís 66') MC:Gaius Makouta
ED:Matheus Silva(Rodrigo Conceição 66') EE:Filipe Ferreira
PL:Kevin Mirallas(Gonçalo Franco 39') PL:Petar Musa
PL:Rafael Martins PL:Kenji Gorré(Javi Garcia 80')
Treinador:Sá Pinto Treinador:Petit
Cartões Amarelos:Petar Musa 23',Ilija Vukotic 41',Pedro Malheiro 45+2',André Luís 68',Petit 72'(Treinador do Boavista),Jefferson Júnior 76',Sori Mané 82',Petar Musa 90',Gonçalo Franco 95' e Rafael Bracalli 97'.
Cartões Vermelhos: Petar Musa 90',Sebástian Pérez 90'(Banco de Suplentes),Paulinho 90'(Banco de Suplentes) e Petit 90'(Treinador do Boavista)
Golos:Kenji Gorré 20',Rafael Martins 88' e Petar Musa 90'.
Num duelo entre duas equipas que vestem de xadrez,
sensações bem diferentes. O Boavista voltou às vitórias e assegurou
matematicamente mais uma época de Liga Bwin. O Moreirense afundou-se de forma
bastante perigosa e precisa cada vez mais da calculadora, já que a margem de
erro acabou, com vista aos lugares de manutenção direta. Num jogo onde Sá Pinto
pôde lamentar as várias ausências, a equipa esteve muito tempo a perder, chegou
ao empate perto do fim, só que no minuto seguinte viu Musa fazer o segundo,
antes de ser expulso.
Não é vontade, é confiança
Mesmo não estando a atravessar o melhor momento da época
(até era o pior desde o regresso de Petit, em termos de resultados), foi
notória a diferença entre as equipas em termos de confiança, o que foi
totalmente agudizado pelo golo de Gorré, numa boa pressão axadrezada e
conclusão do novo carregador do piano boavisteiro, depois da saída de Sauer.
O Moreirense entrou melhor e também acabou melhor a
primeira parte. Paulinho podia ter marcado a abrir, Rafael Martins a fechar. O
problema foi o longo período intermédio, no qual o Boavista foi sempre muito
mais concreto nas suas ações, sem dar espaços à criação cónega e explorando a
precipitação constante de alguns jogadores - Jefferson, por exemplo, esteve bem
mais errático do que o habitual e isso foi prejudicial à equipa. A situação
pontual ajuda a explicar a tal falta de confiança, mas não foi razão única.
Artur Jorge, Derik e Walterson (por castigo), para além do lesionado Yan
Matheus, fizeram com que as soluções de Sá Pinto fossem diferentes do habitual,
com o treinador a optar por jogar com os laterais Paulinho e Pedro Amador mais
subidos no terreno. O problema nem esteve tanto aí, esteve sim na retaguarda e
na fraca capacidade de leitura posicional de alguns elementos, com especial
incidência para o lado direito da defesa (com Gorré pela frente, não houve
fórmula certa para travar as investidas das panteras) e no ataque, onde Sori
Mané baixava para marcar Musa, muitas vezes mais poderoso nas divididas para depois
servir a equipa.
O meio-campo foi globalmente ganho pelas panteras, que o
povoaram com três em vez de dois, como tem sido habitual - Vukotic com Seba
Pérez e Makouta. E só com a lesão de Mirallas e entrada de Franco o Moreirense
foi capaz de melhorar nesse setor, daí o bom fecho de primeira parte. Mas era
preciso mais. A plateia, também ela ansiosa mas sempre ruidosa, ia tentando
ajudar, só que teriam de ser as palavras de Sá Pinto ao intervalo a fazer a
diferença.
Futebol e folclore
A tendência inverteu-se na segunda parte. Apesar do bom pontapé de Musa que quase dava no 0-2, logo a seguir o Moreirense teve duas ótimas oportunidades e apoderou-se do meio-campo contrário O Boavista viu-se forçado a recuar, mas não se deu mal nesse papel. Apesar de sair poucas vezes para o ataque, conseguiu controlar as tentativas do adversário no último terço na última meia hora. Sá Pinto mexeu na equipa, tentou soluções vindas do banco - onde não abundavam, é verdade - e fez pela vida, só que, por vezes, faltou qualidade. Por isso, quando o empate apareceu, numa boa jogada dos cónegos, soou a benesse, logo desaproveitada em seguida, quando Musa ganhou aos adversários, passou pelo guarda-redes, marcou e... foi expulso. Tiago Martins entendeu que o avançado provocou os adeptos da casa, deu-lhe o segundo amarelo e o momento motivou uma série de cartões vermelhos para os bancos, com Petit incluído. Um momento que estragou o espetáculo e que não teve inocentes: os intervenientes excederam-se, o árbitro também não soube controlar as emoções da melhor maneira.
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